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Saiba quem é Pedro Guilherme Gioia, superintendente de Vigilância que assume Secretaria de Saúde de Goiânia em meio à crise

Nomeação ocorreu após renúncia de Cynara Mathias, que havia assumido pasta depois da prisão do ex-secretário Wilson Pollara. Novo secretário é formado e...

Saiba quem é Pedro Guilherme Gioia, superintendente de Vigilância que assume Secretaria de Saúde de Goiânia em meio à crise
Saiba quem é Pedro Guilherme Gioia, superintendente de Vigilância que assume Secretaria de Saúde de Goiânia em meio à crise (Foto: Reprodução)

Nomeação ocorreu após renúncia de Cynara Mathias, que havia assumido pasta depois da prisão do ex-secretário Wilson Pollara. Novo secretário é formado em administração de empresas Pedro Guilherme Gioia de Moraes, secretário de Saúde de Goiânia Divulgação/Prefeitura de Goiânia Pedro Guilherme Gioia de Moraes, que era superintendente de Vigilância em Saúde, foi nomeado titular da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia em meio a um cenário de crise na área da saúde. A nomeação ocorreu após a renúncia de Cynara Mathias, que havia assumido a pasta depois da prisão do ex-secretário Wilson Pollara durante uma operação do Ministério Público. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Município na quarta-feira (4). Segundo a Prefeitura de Goiânia, o novo secretário é formado em administração de empresas, além de possuir MBA em Gestão de Saúde e em Políticas Públicas e Gestão Governamental. Pedro Guilherme Gioia de Moraes também é formado em engenharia agronômica. Na trajetória profissional, ele passou por órgãos como Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Setec), Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Procon Municipal. Ele atuou na coordenação de programas, fiscalização, apoio administrativo e gestão de processos. Gioia também exerceu a função de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Goiás e foi gerente de Compras na Secretaria Municipal de Saúde, onde coordenou aquisições essenciais. Entre 2021 e 2023, liderou a Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental. LEIA TAMBÉM DETALHES: Entenda quais são as irregularidades na Saúde de Goiânia que motivaram prisão de secretário, diretor e executivo da pasta PRISÃO: Secretário de Saúde de Goiânia é preso em operação contra pagamentos irregulares QUEM É CYNARA MATHIAS: Saiba quem é Cynara Mathias, cirurgiã-dentista e sanitarista que assume a Secretaria de Saúde de Goiânia após prisão de secretário QUEM É WILSON POLLARA: Saiba quem é Wilson Pollara, preso em operação que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia Junto com Pedro Guilherme Gioia de Moraes, também foi nomeada a médica Érika Cristina Vieira Oliveira Ximenes Belo para o cargo de secretária-executiva. A direção financeira ficará sob a responsabilidade de Melci Dibe Junior, então diretor de Avaliação e Controle. Nomeação Secretária de Saúde de Goiânia deixa cargo uma semana depois de assumir a pasta Após a prisão do secretário de Saúde, Wilson Pollara, e de outros dois servidores da pasta, a Prefeitura de Goiânia nomeou a cirurgiã-dentista Cynara Mathias Costa como titular da pasta. O anúncio foi feito em 27 de novembro. Acácia Cristina Marcondes Almeida Spirandelli assumiu o cargo de secretária-executiva, enquanto Isadora Morais Parreira Rodrigues foi designada para a superintendência de Redes de Atenção à Saúde. Operação do MP Wilson Modesto Pollara, secretário de Saúde de Goiânia, Goiás Divulgação/Prefeitura de Goiânia O então secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, o secretário executivo, Quesede Ayres Henrique, e o diretor financeiro, Bruno Vianna Primo, foram presos durante uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que apura pagamentos irregulares em contratos administrativos e a possível formação de uma associação criminosa na secretaria. As prisões ocorreram no dia 27 de novembro. Segundo o MP, as investigações começaram em maio deste ano, após denúncias recebidas pelo órgão. Em coletiva de imprensa, os promotores explicaram que foram feitos pagamentos "fora dos canais oficiais". Esses pagamentos "extra caixa" não eram registrados na contabilidade pública. “Nós identificamos o direcionamento de pagamentos a determinadas pessoas jurídicas credoras da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas, em detrimento de outros credores. Identificamos também pagamentos feitos de maneira irregular, podemos dizer, clandestinamente, fora dos cofres ou caixas oficiais, sem a devida declaração na contabilidade pública", disse o promotor Rafael Correa Costa. Na investigação, foi identificado ainda que a Secretaria Municipal de Saúde não estava respeitando a ordem cronológica ao fazer pagamentos. De acordo com o Ministério Público, a manobra viola o princípio da impessoalidade, conforme previsto em lei. Os promotores explicaram que a Lei de Licitações e Contratos garante o princípio da impessoalidade, que assegura que todos sejam tratados igualmente. A lei exige que os pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços sigam uma ordem cronológica, para evitar qualquer favorecimento indevido. Se a regra for descumprida em benefício de alguém, isso configura um crime. A Lei de Licitações prevê punições para quem violar a norma. Segundo os promotores, atualmente a investigação está focada em garantir o cumprimento dessa ordem e a igualdade no tratamento dos envolvidos. A promotoria destacou que, com base nos elementos já identificados, há indícios de possível atuação direta na omissão de provas, incluindo orientações para que potenciais testemunhas permanecessem em silêncio. Em razão disso, foi solicitado o pedido de prisão temporária. Segundo os promotores, a investigação busca delimitar os fornecedores privilegiados e os vínculos suspeitos com agentes públicos. O Ministério Público não divulgou qual seria a participação de cada preso no esquema. Crise na Saúde O Ministério Público ressaltou que o esquema teria agravado a crise na saúde pública de Goiânia, afetando o repasse de verbas para entidades como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Segundo a promotora Marlene Nunes, a dívida da Saúde de Goiânia com hospitais chega a quase R$ 300 milhões, dos quais cerca de R$ 120 milhões são referentes à Fundahc. Em agosto deste ano, a Fundahc suspendeu atendimentos nas maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara, mantendo apenas os atendimentos eletivos, que são procedimentos médicos não considerados de urgência ou emergência. O Ministério Público ressaltou que a rede pública de Goiânia enfrenta uma grave crise na assistência hospitalar, com restrições no acesso a leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Além disso, a prefeitura estaria descumprindo decisões judiciais relacionadas à saúde. "Houve serviços indispensáveis que foram suspensos, como, por exemplo, a colocação de marca-passo. Cirurgias deixaram de ser realizadas porque não se pagava anestesistas. Isso foi gerando, então, uma bola de neve", disse a promotora Marlene Nunes. Mortes Nos últimos dias, pelo menos cinco pessoas morreram à espera de leitos de UTI em Goiânia. As vítimas são Severino Santos, Katiane Silva, Janaína de Jesus, Luiz Felipe Figueiredo da Silva e João Batista Ferreira, que morreu no início desta semana. As famílias contaram que procuraram auxílio do MP-GO e da Justiça para conseguir atendimento, mas o serviço de saúde pública não chegou a tempo. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou que Severino estava sendo atendido para tratar uma fratura ortopédica e permanecia sob cuidados enquanto se buscava uma vaga na rede SUS, incluindo hospitais estaduais. Sobre Katiane Silva, a SMS afirmou que ela faleceu em decorrência de dengue hemorrágica e garantiu que não houve falta de assistência. No caso de Janaína, a Secretaria não se manifestou, enquanto, em relação a Luiz Felipe, comunicou que "a causa da morte será investigada pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do município". O que diz a prefeitura? Na nota que anunciou a renúncia, a prefeitura informou que, nas últimas semanas, intensificou as ações para ampliar a compra de medicamentos e insumos, firmar novas parcerias, aumentar a oferta de leitos de UTI e aprimorar o atendimento nas unidades de saúde da capital. Segundo a prefeitura, gabinetes de crise foram instalados nas 13 unidades de urgência da cidade. Conforme a prefeitura, foram disponibilizados medicamentos como Flumazenil, Fentanil, Cloreto de Sódio 500 ml, Cefalotina, Ceftriaxona Sódica, Dexametasona, Dipirona Sódica, Prometazina, Cloridrato, Ampicilina e Hidrocortisona como parte das ações emergenciais para regularizar o abastecimento. De acordo com a nota, os demais insumos já foram contratados e serão reabastecidos nas próximas semanas. A Secretaria Municipal de Saúde também afirmou que, nesta quarta-feira (4), realizou o pagamento dos honorários devidos aos médicos credenciados e que os plantões seguem com normalidade. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

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