Presidente reuniu ministros diversas vezes na semana para fechar proposta que será enviada ao Congresso. De janeiro a setembro, contas do governo registraram d...
Presidente reuniu ministros diversas vezes na semana para fechar proposta que será enviada ao Congresso. De janeiro a setembro, contas do governo registraram déficit de R$ 105,2 bi. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). André Ribeiro/Thenews2/Estadão Conteúdo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou nesta sexta-feira (8) a discussão com ministros para tentar fechar um conjunto de medidas de corte de gastos que visa equilibrar as contas públicas. A reunião se estendeu por toda a tarde – mas, assim como ocorreu ao longo da semana, terminou sem entrevistas ou anúncios. O governo ainda não fechou o pacote que deverá ser enviado ao Congresso Nacional, e ainda não informou quando pretende anunciar as medidas e enviar o projeto. Nesta sexta, foram convocados nove ministros de pastas que tratam da área econômica e social, além de outros nomes do governo. Veja lista abaixo: Fernando Haddad, ministro da Fazenda Rui Costa, ministro do Casa Civil Simone Tebet, ministra do Planejamento Esther Dweck, ministra da Gestão Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria Camilo Santana, ministro da Educação Luiz Marinho, ministro do Trabalho Nísia Trindade, ministra da Saúde Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil Jorge Messias, advogado-geral da União, ; Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Debate acalorado Desde segunda-feira, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou uma viagem internacional para tratar das medidas, que operadores do mercado financeiro aguardam o anúncio do governo federal. Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendem um plano de redução de despesas para manter o arcabouço fiscal, a atual regra das contas públicas. As propostas avaliadas, no entanto, encontram resistência de ministros que não desejam perder recursos em suas áreas. Na quarta-feira (6) à noite, Haddad afirmou que faltavam detalhes para fechar o plano, porém Lula ainda não decidiu quais medidas pretende adotar. 🚨 Economistas alertam há meses que não será possível equilibrar as contas públicas baseado, em especial, no aumento de arrecadação. Por isso, a necessidade de reduzir gastos. Camarotti: Lula está calculando o desgaste político com corte de gastos De janeiro a setembro, as contas do governo registraram déficit de R$ 105,2 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. 🔎O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário. O resultado negativo de janeiro a setembro está longe da meta fiscal do governo, de zerar o déficit em 2024. Ou seja, equilibrar despesas e receitas. O governo espera superávit nos últimos meses do ano para compensar o saldo negativo até o momento. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o resultado de outubro deve ser positivo em cerca de R$ 40 bilhões.