Alertas são enviados para população em área de risco e com acesso a redes 4G ou 5G, sem necessidade de cadastro prévio Teste de sistema de alerta intrusivo...
Alertas são enviados para população em área de risco e com acesso a redes 4G ou 5G, sem necessidade de cadastro prévio Teste de sistema de alerta intrusivo Rhayssa Motta/g1 O governo anunciou nesta segunda-feira (11) a ampliação do sistema de alerta de desastres para todas as cidades do Sul e Sudeste do país. O sistema conta com avisos mais "intrusivos", que se sobrepõem ao conteúdo exibido na tela do celular. Segundo o ministro da Integração de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ainda não há data para o sistema começar a funcionar, mas a previsão é até o final de novembro. O ministro afirma que a implementação depende não só do governo federal, mas também dos estados e municípios. Governo anunciou sistema de alerta de desastres que usa rede de telefonia celular “Nós estamos preparados, o sistema está pronto, está entregue, mas é preciso saber que quem vai operar esse sistema junto com o governo federal são estados e municípios onde a sociedade está vivendo e lidando com o desastre”, disse. Ainda de acordo com o ministro, haverá reuniões com os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda neste mês e acredita que até o início de 2025 o sistema funcionará em todo o país. “O problema é para todo o país. O que ocorre nesse momento é que nem todo o país está habilitado para usá-lo. Então, todo o nosso trabalho agora, depois de fazermos a reunião com os estados do Sul e Sudeste, ainda em novembro nós vamos reunir os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, passar um checklist de providência que eles precisam adotar”, afirmou Waldez. Teste do sistema O sistema foi testado em 11 municípios do Sul e Sudeste em agosto deste ano. Foram enviados alertas de demonstração para informar a população sobre a ferramenta. O sistema utiliza a rede de telefonia celular para emitir alertas, com mensagem de texto e aviso sonoro, inibindo qualquer conteúdo em uso na tela do aparelho, inclusive no modo silencioso. Os alertas são disparados para a população em área de risco e com cobertura de rede 4G ou 5G, sem necessidade de cadastro prévio. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, a extensão da ferramenta vai contemplar, inicialmente, os estados do Sul e Sudeste por causa do início do período de chuvas. Ainda não há data prevista para expansão da ferramenta no restante do país. LEIA MAIS: Mariana, 9 anos após desastre: famílias sem casa, pesca proibida, ninguém punido; 9 pontos para entender a tragédia Pernambuco tem 76% dos municípios com pouca capacidade para lidar com deslizamentos, enxurradas e inundações, diz TCE Litoral Norte de São Paulo será usado em projeto piloto contra desastres naturais O anúncio foi feito após uma reunião do ministro Waldez Góes com os gestores estaduais de defesa civil das regiões Sul e Sudeste. Na reunião foram tratados o treinamento das equipes para o envio dos alertas, a comunicação da população, tecnologia necessária para a operacionalização do sistema e previsão de datas para o início do projeto em cada estado. Também participaram representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do setor de telecomunicações. A implementação da tecnologia foi iniciativa da Anatel, que, em 2022, determinou que as operadoras implementassem o novo sistema de alertas. A engenharia do sistema foi concluída no final de 2023, quando Claro, Tim e Vivo implementaram a ferramenta em suas redes. No entanto, a implementação da tecnologia dependia do treinamento dos agentes da Defesa Civil, que vão operar o sistema, e da elaboração de um plano de comunicação com a população. Essas duas etapas estavam sendo conduzidas em parceria com o Ministério das Comunicações e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.