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Galípolo pode assumir BC enviando carta ao Congresso sobre estouro da meta de inflação em 2024

Gabriel Galipolo em entrevista coletiva. Tom Molina/Fotoarena/fotoarena/Estadão Conteúdo O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pode assumir ...

Galípolo pode assumir BC enviando carta ao Congresso sobre estouro da meta de inflação em 2024
Galípolo pode assumir BC enviando carta ao Congresso sobre estouro da meta de inflação em 2024 (Foto: Reprodução)

Gabriel Galipolo em entrevista coletiva. Tom Molina/Fotoarena/fotoarena/Estadão Conteúdo O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pode assumir o cargo no início do ano que vem mandando uma carta ao Congresso explicando por que não foi possível cumprir a meta de inflação em 2024, ainda na gestão de Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no fim deste ano. No comunicado divulgado nesta quarta-feira (6) sobre a decisão de subir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual para 11,25%, o Banco Central divulgou também uma tabela com o cenário de referência indicando que o IPCA, índice oficial da inflação, pode fechar o ano em 4,6% neste ano. ⚠ Se isso ocorrer, a meta de inflação não será cumprida. Miriam Leitão: Copom alerta para importância da busca pela meta de inflação 🔎A meta de inflação deste ano é de 3%, com uma banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Se os limites são estourados, o Banco Central é obrigado a enviar uma carta ao Congresso explicando o descumprimento da meta. Como o teto da meta é de 4,5%, se o IPCA fechar em 4,6% ficará acima do permitido. Ou seja, Galípolo assumiria tendo de mandar a carta ao Congresso sobre a meta da inflação do último ano do mandato de Roberto Campos Neto. Em 2024, o BC já contava com quatro diretores indicados pelo presidente Lula. A partir do ano que vem, o presidente terá sete diretores do BC escolhidos por ele. Piora do cenário econômico Campos Neto começou o ano confiante de que a inflação ficaria dentro da meta e que o Banco Central poderia reduzir a taxa Selic até quase o fim do ano, encerrando 2024 com uma taxa bem abaixo de 10%. Só que o cenário econômico mundial piorou e as crises climáticas foram mais severas, gerando mais inflação no Brasil e um dólar mais alto, obrigando inclusive o BC voltar a subir a taxa. A Selic estava em 13,75% ao ano em julho do ano passado. Depois, o Banco Central deu início a um ciclo de cortes. Em junho de 2024, o Copom passou a decidir pela estabilidade da taxa, em 10,5% ao ano. Mas, em setembro, o Banco Central anunciou o primeiro aumento de juros neste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Portanto, a alta desta quarta-feira é a segunda consecutiva, elevando a Selic para 11,25%. Sem citar o nome de Donald Trump, mas o dos Estados Unidos, o Copom alertou em seu comunicado, após subir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, que o cenário externo permaneceu desafiador diante da conjuntura incerta nos EUA. A nota do BC, depois de sua decisão unânime, diz que "o ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Banco Central americano]". Além disso, também fez alertas para o cenário interno, sobre dúvidas em relação às medidas fiscais que o governo adotará. “O comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas da inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”. Ou seja, os próximos passos do Copom vão depender do cenário externo nos Estados Unidos com a eleição de Trump e do cenário interno sobre o pacote fiscal que o governo Lula vai divulgar. Mas, com certeza, haverá um novo aumento na reunião de dezembro.

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